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X, Y, Z: Será que colocar as gerações em caixinhas é o caminho certo para a inovação da indústria?

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A Indústria 4.0 é marcada pela convergência de gerações, cada uma com suas características e expectativas. Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z, todos juntos no chão de fábrica e nos escritórios, trazendo consigo diferentes visões de mundo e formas de trabalho.

É fato que o que motiva um Millennial já não é o mesmo que impulsiona uma pessoa da Geração Z. Enquanto os mais experientes valorizam a estabilidade e a hierarquia, os mais jovens buscam propósito e flexibilidade. Essa diferença de perspectivas pode gerar desafios, mas também impulsionar a inovação.

E é exatamente isso que você confere neste novo artigo. Vale a pena continuar a leitura.

Valores em disputa: o que cada geração busca no trabalho?

Uma pesquisa do site Intelligent.com, feita com 800 profissionais no final de 2023, mostrou que quatro em cada dez empregadores admitiam estar evitando contratar recém-formados. Além disso, 58% deles afirmaram que esses profissionais ainda não estão preparados para o mercado.

Essas e outras pesquisas recentes sobre o mercado de trabalho revelam que estamos vivendo em um período marcado por diferentes gerações, cada uma com suas características e valores. Os Baby Boomers valorizam o trabalho árduo e a estabilidade, enquanto a Geração X busca equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Já os Millennials priorizam propósito e conectividade, e a Geração Z defende a igualdade e a diversidade.

Essas diferenças geram conflitos, já que cada geração possui expectativas e visões de mundo distintas. 

Diferentes, mas complementares

A desvalorização de profissionais mais sêniores, especialmente os Baby Boomers e  a Geração X, pode ter um impacto significativamente negativo no know-how da indústria. 

Esses profissionais, com suas longas carreiras, acumularam um vasto conhecimento prático e expertise em suas áreas de atuação. Eles detêm um profundo entendimento dos processos, das nuances do negócio e das relações interpessoais construídas ao longo dos anos.

Por outro lado, os jovens trazem consigo novas perspectivas e habilidades valiosas para o ambiente de trabalho. A Geração Z, em particular, nasceu imersa na tecnologia e possui uma familiaridade natural com as ferramentas digitais, mídias sociais e novas formas de comunicação. 

É por isso que colocar as gerações em caixinhas e ignorar o fato de que elas se complementam pode prejudicar a transferência de conhecimento e a inovação.

Afinal, como lidar com o conflito geracional na indústria?

Um estudo conduzido pelo Great Place to Work, com mais de 1.800 profissionais de gestão de pessoas, revelou que 51,6% deles enfrentam dificuldades em lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no ambiente de trabalho. 

Mas então, o que fazer para solucionar esse conflito geracional?

Inicialmente, é fundamental compreender as características, valores e expectativas de cada geração, realizando pesquisas internas para traçar um panorama da força de trabalho e adaptar as políticas e práticas internas.

Em seguida, o diálogo e a comunicação aberta devem ser incentivados, criando espaços para que as gerações compartilhem suas experiências e perspectivas. 

A liderança também desempenha um papel fundamental nesse processo, devendo ser empática e adaptar a comunicação para alcançar todos os colaboradores, além de oferecer planos de carreira e desenvolvimento que atendam às necessidades e expectativas de cada geração.

Menos caixinhas, mais conexões e inovação

Ao reconhecer e valorizar as características únicas de cada geração, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais dinâmico e produtivo. 

Para alcançar esse objetivo, é fundamental que as empresas invistam em políticas e práticas que promovam a inclusão e o diálogo intergeracional.

Em vez de segregar as gerações em “caixinhas”, é preciso construir pontes que unam os diferentes talentos em prol de um objetivo comum: o sucesso da indústria 4.0.

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