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Um projeto para a reindustrialização do Rio de Janeiro e do Brasil: Produção de amônia no Polo de Itaboraí visando fertilizantes

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A reindustrialização do Rio de Janeiro tem sido muito discutida e vista como uma excelente oportunidade para o estado e para o país. Inclusive, esse foi o tema do oitavo episódio da Agenda do Futuro 2023. Um dos projetos de destaque é a produção de amônia no Polo de Itaboraí visando fertilizantes.

Uma das apostas do governo é justamente a indústria que faz do gás natural o combustível para o seu crescimento.

Proposta busca resgatar atividade industrial do Rio de Janeiro

 

Um dos maiores objetivos dessa proposta é resgatar a atividade industrial do Estado do Rio de Janeiro e do país. O projeto recomenda o desenvolvimento de tecnologias que contribuam para a produção de amônia e ureia com o gás natural do Campo de Lula, do pré-sal da Bacia de Santos, no Distrito Industrial de Itaboraí, no Leste Metropolitano do Rio de Janeiro.

Hoje, a produção de amônia e ureia se dá apenas nos estados de Alagoas, Sergipe e São Paulo. Com essa nova unidade no Estado do Rio de Janeiro, revigora-se a posição do Sudeste não apenas no setor de fertilizantes, mas também na cadeia produtiva industrial fluminense.

Iniciativa está em consonância com o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF)

 

A ureia é um produto utilizado na produção de fertilizantes nitrogenados, pois tem 45% de concentração de nitrogênio (N), boa relação entre custo e benefício e é rapidamente absorvida pelas plantas. Outra vantagem da ureia é que ela é considerada a escolha adequada para realizar misturas com fertilizantes fosfatados, sempre em proporções devidamente controladas.

Outro grande benefício é que, além de atender as demandas para a produção de alimentos, produzir amônia e ureia suaviza as emissões de CO2 do gás natural. Isso é resultado da remoção de ambos na etapa de purificação de H2 e da reinjeção para a síntese da ureia, que proporciona uma descarbonização mais eficiente e o uso dos recursos de forma sustentável, o que é considerado uma boa prática ambiental.

Além de todas as vantagens já mencionadas, a iniciativa vai ao encontro do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), uma vez que apresenta soluções para uma redução de 95% da importação de insumos que são considerados indispensáveis para a produção de fertilizantes nitrogenados no Brasil.

Projeto também tem grande importância econômica

 

A Produção de amônia e ureia no Polo de Itaboraí contribui para a expansão de outros setores industriais no Polo Gaslub, como siderúrgico, de cimento, cerâmico, químico, de vidro, de papel e celulose, e de alimentos e bebidas, o que torna possível ampliar a geração de emprego e de renda no Leste Metropolitano, que hoje funcionam como cidades dormitórios de Niterói e da capital fluminense. Também será possível reduzir a significativa dependência dos adubos importados.

Outro ponto de destaque é a posição estratégica do Polo Gaslub, que se encontra próximo a diversos eixos viários estaduais e federais, do acesso aos portos de Niterói, do Rio de Janeiro, de Itaguaí, via Arco Metropolitano, e, futuramente, do Terminal Portuário de Ponta Negra, em Maricá, equidistante dos principais centros urbanos industriais do país, representados por São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.

Segundo Leonardo Soares, secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do estado do Rio de Janeiro, “o Industrializa RJ é um passo importante, que coloca a industrialização como estratégia de desenvolvimento. Isso é algo que, certamente, vai atrair novos investimentos para o estado. São negócios que geram emprego e renda para a população, além de receita e competitividade para o estado. Temos consciência de que o gás natural será o combustível para o desenvolvimento e retomada do crescimento econômico do Estado do Rio de Janeiro”.

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