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Se produzir sem pensar no amanhã é coisa do passado, quem persiste no modelo linear está para trás.

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Segundo o Relatório da Fundação Ellen MacArthur, até 90% dos materiais utilizados na produção de bens se tornam resíduos após a primeira utilização, considerando o modelo de economia linear.

No entanto, esse modelo baseado em extrair, produzir e descartar, mostra sinais de esgotamento. E é aí que a economia circular surge como uma alternativa promissora, aliada à Indústria 4.0 com tecnologias digitais e Internet das Coisas.

Neste novo artigo, você confere os principais setores que podem se beneficiar do modelo circular, barreiras para implementação e como superá-las e também o papel das pequenas e médias empresas nesse cenário.

Continue a leitura a seguir.

Saiba como a Indústria 4.0 impulsiona a economia circular.

A Economia Circular propõe um ciclo contínuo, onde os recursos são mantidos em uso pelo maior tempo possível. Produtos são projetados para durar, serem reparados, reutilizados e, ao final de sua vida útil, seus materiais são reintegrados ao ciclo produtivo. Desperdício se torna recurso, e a eficiência é a chave.

E a Indústria 4.0, com suas tecnologias digitais como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Big Data e Manufatura Aditiva, oferece as ferramentas para tornar essa visão uma realidade. Veja como:

  • Otimização de Processos: Sensores e sistemas de monitoramento em tempo real permitem acompanhar o fluxo de materiais, identificar ineficiências e ajustar a produção para minimizar desperdícios.
  • Rastreabilidade e Transparência: A tecnologia blockchain e outras soluções digitais garantem a rastreabilidade dos produtos e materiais ao longo da cadeia de valor, facilitando a logística reversa e a recuperação de recursos.
  • Manutenção Preditiva: A IA analisa dados de máquinas e equipamentos para prever falhas, permitindo a manutenção preventiva e prolongando a vida útil dos ativos.
  • Personalização e Manufatura Sob Demanda: A Manufatura Aditiva (impressão 3D) possibilita a produção de peças sob demanda, reduzindo a necessidade de grandes estoques e o desperdício de materiais.

No Brasil, economia circular é pauta quente.

A mudança para a economia circular é crucial para o progresso do país, exigindo que a indústria se reinvente. 

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) está liderando a formulação de um plano para impulsionar a sustentabilidade industrial até 2040, envolvendo diversos órgãos governamentais e a sociedade.

Um dos pilares deste plano é a inclusão da reciclagem como critério no programa Mover, incentivando a produção de veículos menos poluentes. Além disso, o fortalecimento da indústria nacional é apontado como essencial para enfrentar as crises climáticas.Em tempo, o Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF) acontecerá pela primeira vez na América Latina, em São Paulo, de 13 a 16 de maio de 2025. O evento irá explorar soluções para o crescimento sustentável e a economia circular, visando o equilíbrio entre economia e recursos naturais. As discussões do WCEF2025 serão cruciais para as negociações da COP30 em Belém.

Quais são as barreiras para a implementação?

Diversos setores podem se beneficiar da implementação da economia circular, entre eles:

  • Manufatura: Otimização do uso de matérias-primas, redução de resíduos e desenvolvimento de produtos mais duráveis e reparáveis.
  • Construção: Uso de materiais reciclados, construção modular e demolição seletiva para recuperação de materiais.
  • Alimentos: Rastreabilidade da cadeia de suprimentos, redução do desperdício de alimentos e aproveitamento de subprodutos.

No entanto, a implementação da Economia Circular impulsionada pela Indústria 4.0 enfrenta desafios. Deficiências em infraestrutura, a ausência de estímulos e a desvalorização decorrente do descarte inadequado de resíduos. Já para o setor industrial, um desafio significativo reside no desenvolvimento de novos modelos de negócio que adicionem valor ao produto.Para que a economia circular se consolide no Brasil, é crucial criar um ambiente favorável com educação, políticas públicas, infraestrutura e tecnologia. A colaboração entre os setores é essencial, com as empresas, especialmente as pequenas e médias empresas, necessitando de apoio para essa transição.

A transição da economia linear para a circular passa pela digitalização.

Para solidificar essa transição e garantir a competitividade das PMEs, a digitalização surge como um fator chave. 

A adoção de tecnologias da Indústria 4.0 permite que essas empresas otimizem processos, reduzam custos e criem modelos de negócios inovadores, alinhados aos princípios da economia circular. Além disso, a digitalização fortalece a rastreabilidade, com tecnologias como blockchain que garantem a transparência e a rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia de valor, facilitando a logística reversa e a recuperação de materiais.

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