Você sabia que muitos dos processos industriais atuais desperdiçam recursos valiosos?
Essa prática, além de comprometer a lucratividade, pode gerar impactos negativos para o meio ambiente. E uma das soluções para esse problema está no Lean Six Sigma: uma filosofia de gestão que visa reduzir a variabilidade nos processos e aumentar a eficiência produtiva das empresas.
Neste novo artigo da VDI, você confere um pouco mais sobre esse conceito e quais métricas devem ser levadas em conta para medir o sucesso dos projetos.
Continue a leitura abaixo.
Conheça as 7 ferramentas do Lean Six Sigma.
Imagine um quebra-cabeça complexo, onde cada peça representa uma etapa de um processo. Para montar esse quebra-cabeça da forma mais eficiente e precisa, você precisa de ferramentas específicas.
No mundo da gestão empresarial, o Lean Six Sigma oferece um conjunto dessas ferramentas, cada uma com um papel fundamental na otimização de processos.
Abaixo, você confere cada uma delas.
- FMEA: Analisa possíveis falhas e seus impactos, priorizando ações de melhoria.
- SIPOC: Define o escopo de um processo, identificando fornecedores, insumos, processos, outputs e clientes.
- Diagrama de Ishikawa: Identifica as causas raiz de um problema, dividindo-as em categorias como máquina, material, mão de obra, meio ambiente, medida e método.
- Kaizen: Promove a melhoria contínua em todos os aspectos da empresa, buscando eliminar desperdícios e aumentar a satisfação do cliente.
- 5S: Organiza o ambiente de trabalho, aumentando a produtividade e a qualidade.
- Ciclo DMAIC: Estrutura a metodologia Lean Six Sigma em cinco etapas, desde a definição do problema até o controle dos resultados.
- Mapa de Fluxo de Valor: Visualiza o fluxo de materiais e informações, identificando atividades que não agregam valor ao cliente.
Afinal, como medir o sucesso dos projetos?
A etapa de mensuração do Lean Six Sigma é fundamental para compreendermos a fundo o nosso processo. É como tirar um raio-X de uma máquina: só assim conseguimos identificar as partes que precisam de ajustes.
Em linhas gerais, a medição envolve os quatro passos a seguir:
Comparando com as expectativas do cliente: por fim, comparamos os resultados obtidos com as necessidades dos clientes. É como medir um produto para ver se ele serve para o propósito que foi criado. A análise de capacidade nos ajuda a entender se o processo é capaz de atender às exigências dos clientes, tanto no presente quanto no futuro.
Mapeando o terreno: antes de coletar dados, é preciso entender o processo como um todo. Ferramentas como fluxogramas e SIPOC nos ajudam a visualizar as atividades, os fluxos e os envolvidos. É como desenhar um mapa para saber onde estamos e para onde queremos ir.
Definindo o que medir: aqui, encontram-se as informações que queremos extrair do processo, tais como: desempenho e velocidade dos processos produtivos, a efetividade das melhorias implementadas e o volume de falhas.
Analisando os dados: com os dados em mãos, é hora de interpretá-los. A estatística nos auxilia a entender a variação natural do processo e a identificar quando algo está fora do esperado.
De Motorola a Ambev: evolução e resultados.
O modelo Lean Six Sigma, pioneiramente implementado pela Motorola em 1987 e popularizado pela General Electric, revolucionou a gestão de processos em diversas empresas.
A Ambev, por exemplo, ao adotar essa metodologia, conseguiu reduzir drasticamente os erros na linha de produção, atingindo níveis próximos a 0,1%. Essa otimização dos processos não apenas minimiza custos, mas também aumenta a satisfação do cliente e a competitividade da empresa no mercado.
Ao avaliar a eficácia do Lean Six Sigma, é crucial analisar indicadores como o ROI (Retorno sobre o Investimento), o tempo de ciclo dos processos e o impacto financeiro positivo. Esses indicadores demonstram claramente o valor agregado que essa metodologia proporciona às organizações.
Da alta gestão à linha de frente, Lean Six Sigma é um compromisso.
A implementação do Lean Six Sigma exige um compromisso de todos os colaboradores, desde a alta gestão até a linha de frente.
Ao envolver e capacitar sua equipe, você estará construindo uma cultura de melhoria contínua, onde a inovação e a busca pela excelência são valores essenciais.
E, é claro, aumentando sua competitividade e garantindo a satisfação dos clientes.