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O berço da inovação: Israel ganha destaque ao investir em tecnologia

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Sendo um dos maiores investidores do mundo no setor de tecnologia, Israel vem sendo referência em pesquisas em centros tecnológicos que visam oferecer mais possibilidades à sociedade desenvolvendo novos recursos para inúmeros setores.

Conhecido por ser o criador de grandes nomes da tecnologia como Wix, Waze e Viber, os desenvolvedores israelenses estão avançando cada vez em polos tecnológicos que são financiados pelo governo. 

Essa nova realidade se tornou fundamental para o crescimento acelerado das startups no país, que de acordo com pesquisas, fizeram com que nascessem a cada ano 1,4 mil startups, o equivalente a uma nova empresa a cada seis horas.

Apesar de todo o prestígio por alcançar esse marco no desenvolvimento tecnológico, foi necessário muita organização e estudo para fazer com que essa meta fosse traçada e alcançada pelo governo, que por sua vez sempre foi impactado pelos conflitos geopolíticos da região. 

O projeto só conseguiu ser concretizado através da aplicação de dois conceitos importantes, o investimento financeiro e a cultura de empreendedorismo, que foram essenciais para dar início ao programa.

A aplicação de recursos financeiros permitiu que esse avanço acontecesse de forma rápida, pois com o investimento um alicerce estável para pesquisadores e startups foi desenvolvido, garantindo que suas ideias pudessem ser testadas e melhoradas.

O capital investido pelo governo israelense em pesquisa e desenvolvimento de inovação é de 5% do PIB do país, número relativamente alto em comparação com outros países como o Brasil, que segundo a Unesco investe apenas 1,15% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento.

Além do fator financeiro que impacta positivamente este setor em Israel, programas de incentivo a incubadoras e tecnologia também influenciam no avanço tecnológico, pois o país oferece subsídio de 85% nos custos em estágio inicial voltados para o projeto por dois anos.

No Brasil a realidade para esse tipo de projeto é bem diferente da apresentada em Israel. De acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 90% da inovação no Brasil é feita com investimento privado.

Uma pesquisa realizada pela CNI entre o final de 2021 e começo de 2022, com 196 empresas ativas nos setores de serviços, indústrias extrativas e de transformação, evidenciou que dentro deste cenário apenas 10% das organizações participantes usufruíram do financiamento público voltado para pesquisa e desenvolvimento (P&D).

“Os resultados referentes às fontes de financiamento confirmam uma realidade que se arrasta há anos e governos no Brasil: o país não prioriza a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e a inovação empresarial é feita com baixo apoio público”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A cultura empreendedora presente na sociedade israelense é também responsável por esse avanço, pois a inovação faz parte da educação dos jovens que têm contato inicial com esse tipo de educação durante o alistamento militar obrigatório, onde eles são submetidos a formação técnica avançada sobre uma tecnologia de defesa para o país.

Os segmentos voltados para a agricultura, foodtechs, cibersegurança e vigilância, vem ganhando destaque em todo o território de Israel que visa utilizar as tecnologias para desenvolver substitutos para a proteína animal e resolver questões econômicas voltados para a utilização de recursos naturais como a água.

Empresas internacionais também podem contar com o apoio governamental do país que possibilita através da lei do investimento, a redução de impostos e vagas de trabalho em centros de pesquisa e desenvolvimento em grandes centros tecnológicos do país.

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