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Mercado de trabalho de engenharia cresce significativamente após coronavírus

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A engenharia é sinônimo de desenvolvimento. Mesmo sempre estando presente em diversos setores, a sua valorização e o crescimento de profissionais na área vêm aumentando nos últimos anos. Nos países emergentes, como o Brasil, a engenharia se mostra indispensável para a ampliação da infraestrutura, melhoria na qualidade de serviços prestados à sociedade e resolução de problemas de caráter econômico e social. São mais de 800 instituições de ensino superior em todo o país autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) a oferecer cursos de engenharia, inclusive na modalidade a distância.

 

Uma pesquisa realizada pela VDI na Alemanha, registrou uma forte aumento na demanda por engenheiros, principalmente nos setores de construção, energia e TI. Depois que a crise da pandemia deixou marcas negativas no mercado de trabalho de engenharia, especialmente no terceiro trimestre de 2020, há sinais claramente positivos do aumento da demanda no segundo trimestre de 2021.

 

Enquanto o total de vagas nas profissões de engenharia e TI foi de 95,9 mil para 92,4 mil no final de 2020, a demanda subiu para 102,5 mil no primeiro trimestre de 2021 e para 117,15 mil no segundo trimestre. Em 2021, o número total de vagas foi 116.600 acima da média de longo prazo para os segundos trimestres de 2015 a 2019. Esses resultados são referentes à Alemanha, coletados pelo Instituto de Economia Alemã IW, com sede em Colônia, que compila o monitor de engenharia para a VDI.

 

O número de desempregados nas profissões de engenharia e TI foi de cerca de 46.100 no terceiro trimestre de 2020, manteve-se em um nível semelhante até o primeiro trimestre de 2021 (46.200) e depois caiu significativamente no segundo trimestre de 2021 para 42.400, uma nova queda na taxa de desemprego.

 

Neste contexto, as necessidades do mercado de trabalho voltaram a aumentar significativamente no segundo trimestre de 2021. Se, aritmeticamente, ainda existiam 208 vagas para 100 desempregados no terceiro trimestre de 2020 e um total de 203 no quarto trimestre de 2020, o indicador subiu para 222 no primeiro trimestre de 2021 e para 277 no segundo trimestre. Isto é, mesmo com a queda de vagas ocorridas, o número de vagas para o setor ainda era maior do que o número de profissionais.

 

Um olhar sobre a evolução do emprego sujeito a contribuições para a segurança social deixa claro que a grave recessão econômica associada à crise da covid-19 reduziu o número de vagas e aumentou o número total de desempregados durante este período, mas o emprego sujeito a contribuições para a segurança social no profissões de engenharia e TI, mesmo durante este período, aumentou.

 

No futuro, o emprego nas profissões de engenharia e ciência da computação provavelmente aumentará ainda mais. Pesquisas mostram que muitas empresas precisarão de mais especialistas e engenheiros de TI para desenvolver produtos ecológicos nos próximos cinco anos. Além disso, há uma demanda crescente devido à digitalização.

 

A engenharia é um campo que sempre esteve em destaque no mercado de trabalho. Isso se deve à necessidade constante das empresas em resolver os problemas de forma eficiente, com o menor custo possível. Para se ter uma ideia, entre os anos de 2010 e 2013 o número de engenheiros contratados no Brasil passou de 146,1 mil para 273,7 mil – uma alta de 87%.

 

Um outro fator que chama a atenção para quem deseja ingressar no mercado de trabalho para engenheiros é o diferencial dos engenheiros em relação a outros profissionais, eles possuem a capacidade de aplicar tecnologia na resolução de problemas. Essa característica permite às empresas reduzir o tempo gasto para encontrar as soluções. Além disso, torna o trabalho dos engenheiros valorizado no mercado de trabalho.

 

É importante ressaltar que determinados setores merecem destaque. São responsáveis por conceber grandes ideias e possuem características essenciais para as empresas, especialmente diante da constante necessidade de inovação.

 

As perspectivas animadoras estão nos setores de bens de consumo, energia, agronegócio e telecomunicação. Esse cenário pode ser explicado pela necessidade de escape das empresas devido à crise, elas deixaram de investir em áreas comuns, como transporte e segurança, para criar oportunidades em novas áreas, atendendo a mercados que até então não eram explorados.

 

A edição do Guia Salarial destaca ainda que a área de energia é promissora devido à sustentabilidade estar em alta, as empresas focam em fontes renováveis, como a solar e eólica, criando um novo cenário de atuação para os engenheiros. O curso de engenharia permite que o profissional tenha conhecimentos múltiplos, facilitando o ingresso nesse ramo. Assim, ele aproveita os diversos recursos que estão ao seu alcance e pode atuar como autônomo em praticamente todas as áreas do mercado de trabalho.

 

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