Fazer intercâmbio é uma experiência que nos traz bastante crescimento pessoal, mas por que não fazê-lo também para crescimento profissional? Hoje em dia, muitas empresas estão usando o intercâmbio nos seus planos de carreira para atrair e reter engenheiros talentosos e também para capacitá-los.
Atualmente no Brasil, temos um grande número de empresas multinacionais com sede em muitos outros países. Algumas já promovem programas de intercâmbio dentro da própria empresa para trainees e outros colaboradores.
A vivência no exterior é um ganho para ambos os lados. Para os engenheiros que desejam se aprimorar em outros idiomas e ter um crescimento cultural e profissional é bom pois, terão parte das despesas custeadas; já para as empresas é uma forma também de preparar estes engenheiros para cargos estratégicos, motivá-los e melhorar o relacionamento global entre os escritórios.
Para onde ir?
Para muitos dos engenheiros que atuam em multinacionais ter a oportunidade de trabalhar em países que têm um grande incentivo à inovação e à carreira de engenharia é uma chance única de fazer uma imersão cultural e profissional que será um diferencial no currículo.
A Alemanha é um dos países que se destaca nesta questão, afinal, é o berço da Indústria 4.0, abriga diversas empresas de base tecnológica, é um bom parceiro internacional de negócios, além de ter um papel ativo em questões políticas e econômicas.
Com uma das economias mais sólidas do mundo, hoje, o país é um dos três maiores exportadores globais, tem o crescimento per capita mais alto do mundo e um índice de desemprego de 6,9% – a Alemanha é onde ficam a matrizes de duas grandes empresas que promovem e incentivam a mobilidade internacional, a Mercedes-Benz, que é associada à VDI-Brasil, e a Robert Bosch.
Programas de intercâmbio nas empresas
Na Mercedes-Benz do Brasil, esse processo de internacionalização acontece através do programa de trainee, chamado Career. A empresa busca profissionais de alto potencial para ocupar posições estratégicas e no programa oferece duas oportunidades de desenvolvimento no exterior: uma na Alemanha, onde fica a sede do grupo Daimler, e a outra pode ser em qualquer outro lugar no mundo.
Como parte do programa, os colaboradores selecionados devem desenvolver três projetos: um voltado à área específica de atuação; outro que envolva além da área específica, um outro setor, e, por último, um projeto fora da área de atuação.
Na Bosch, as oportunidades de mobilidade global estão abertas para todos os colaboradores, desde estagiários e trainees até gerentes e profissionais mais experientes. Estes costumam ter também a opção de ir para uma das 440 subsidiárias e empresas regionais, que representam a Bosch em aproximadamente 60 países ao redor do mundo, ainda assim uma grande maioria opta por atuar na sede da empresa, na Alemanha.
Para conseguir uma carreira internacional, a empresa avalia a produtividade do colaborador, seu desempenho e traça junto dele um plano de desenvolvimento individual que pode incluir essa vivência ou outras opções. Dentro do programa, podem ser oferecidos benefícios como viagens de reconhecimento, cursos de idiomas, bolsas de formação e até mesmo ajuda para encontrar um novo emprego para o companheiro (a) do colaborador que leva sua família.
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