A geoengenharia solar, também conhecida como engenharia climática, é uma categoria de técnicas que tem como objetivo influenciar o clima da Terra, de forma a mitigar as mudanças climáticas, tão necessárias atualmente.
Como o próprio nome indica, a geoengenharia solar envolve a luz solar. Ela busca reduzir o aquecimento global ao refletir parte da radiação solar de volta para o espaço ou aumentar a quantidade de calor que a Terra emite. Isso ajuda a resfriar o planeta, neutralizando o aquecimento causado pelas emissões dos gases de efeito estufa.
Pode-se dizer que esse é um tempo abrangente, uma vez que inclui diversas iniciativas para alterar a Terra, normalmente relacionada à mudança climática. Dentre as inúmeras propostas discutidas, está a injeção de partículas de sulfato na estratosfera, em que essas partículas atuam como aerossóis refletores de luz solar. Dessa forma, obtém-se o efeito de grandes erupções vulcânicas que lançam aerossóis da estratosfera, ajudando a resfriar a terra temporariamente.
Outra abordagem que ganhou destaque é a possibilidade do uso de aeronaves, como balões ou aviões, para liberar gases ou pequenas partículas na atmosfera que refletem a luz solar, o que reduziria o aquecimento. Há, ainda, a possibilidade de iluminar as nuvens sobre os oceanos ou até lançar estruturas elaboradas de sombreamento no espaço.
Hoje, há um centro de pesquisa na Universidade de Harvard, nos EUA, que se dedica a estudar esse conceito. Bill Gates, fundador da Microsoft, é um dos entusiastas no tema e contribui ativamente com essas pesquisas. Entretanto, todas essas ideias ainda são teóricas e há bastante discussão, e até mesmo dúvida, se o tema deve ser estudado ou colocado em prática.
Impactos da geoengenharia solar
Apesar de alguns grupos acadêmicos estudarem e pesquisarem as práticas e efeitos da geoengenharia solar há anos, ainda há muitos obstáculos e até mesmo oposição pública aos experimentos. Isso se deve ao fato de que ajustar o clima em grande escala pode ser suficiente para causar efeitos e consequências enormes. Os riscos e efeitos colaterais potenciais, como mudanças nos padrões de precipitação, danos à camada de ozônio ou efeitos imprevisíveis, ainda são mal compreendidos.
Outra preocupação é a possível dependência contínua da geoengenharia solar para conter o aquecimento global, pois uma interrupção abrupta poderia levar a um rápido aquecimento global.
Há, também, a possibilidade de disputas internacionais sobre quem tem o direito de tomar decisões sobre o clima global e como essas decisões afetam diferentes regiões do planeta.
Outro impacto discutido é que a disponibilidade de uma “solução rápida”, por meio da geoengenharia solar, pode acabar reduzindo a urgência e investimento que vem sendo feito para a redução da emissão de gases de efeito estufa e abordagens mais sustentáveis.
Por fim, essas mudanças nos padrões climáticos podem afetar a agricultura e os ecossistemas, causando desequilíbrios e impactos na segurança alimentar.
A verdade é que a geoengenharia ainda precisa ser muito discutida e estudada. Para uns, ela ainda é muito controversa. Segundo especialistas e cientistas, as soluções devem se concentrar, principalmente, na redução das emissões de gases de efeito estufa, na adaptação às mudanças climáticas e no uso de tecnologias de energia limpa.
Hoje, a geoengenharia solar é vista como uma medida de último recurso, que deve ser cuidadosamente avaliada e regulamentada, devido aos riscos significativos que ela apresenta.