A colaboração entre diferentes agentes é um dos fatores cruciais para o desenvolvimento de uma região. A integração entre universidades, empresas, institutos de pesquisas e outras instituições trabalhando em sinergia para um mesmo projeto funciona como uma forma efetiva de estímulo ao progresso tecnológico e inovador para a criação de novos modelos de negócios, produtos ou serviços.
Ao integrar a expertise de cada instituição em sua área de atuação, cria-se um cenário mais abrangente, acrescentando novas perspectivas para o desenvolvimento de projetos. Dessa maneira, ampliam-se as possibilidades de impactar um número cada vez maior de pessoas, uma vez que as soluções são construídas com membros de ambientes distintos, com diferentes visões.
Essa cooperação entre as instituições é a essência do modelo de inovação aberta. Uma vez adotada, os limites da organização se tornam permeáveis e isso permite combinar os seus recursos com os cooperadores externos e compartilhar os resultados com os outros membros, de maneira que todos os envolvidos na cadeia sejam beneficiados com o conhecimento adquirido.
Na definição da VDI, Indústria 4.0 significa extrair valor do fluxo de informações ao longo da cadeia de valor. Logo, a identificação e construção de arranjos de inovação se torna muito mais ágil e depende ainda menos de proximidade geográfica.
Com o intuito de fomentar a inovação no estado de São Paulo e, consequentemente no Brasil, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), inaugurou, neste semestre, o ‘IPT Open Experience’. O programa busca atrair empresas de todos os portes para dentro do instituto, de modo a desenvolverem projetos inovadores em parceria com centros de P&D, universidades, startups e outros membros de ecossistemas de inovação.
A inserção das instituições nas dependências do IPT permite que as PME’s e startups utilizem os laboratórios, plantas-piloto e plantas-conceito, que poderiam não ser acessíveis por falta de recursos, para trabalhar em pesquisa aplicada voltada à hard-science.
A parceria do IPT com universidades como USP, Unesp, Unicamp e Unifesp, e com entidades como Certi e Sebrae, é um ponto importante para fazer com que o local se torne um hub para atrair empresas e estimular parcerias público-privadas, criando, assim, um ambiente favorável à inovação.
É evidente que os ecossistemas de inovação têm um impacto considerável no progresso regional. Segundo o relatório ‘Global Startup Ecosystem Report 2019′, elaborado pelo Startup Genome, a cidade de São Paulo está presente entre os 30 ecossistemas mais promissores do mundo. Não por acaso, no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal, que lista as 100 cidades mais desenvolvidas do Brasil, a grande maioria é do estado de São Paulo, com a marca de 58 municípios, sendo 10 deles nas primeiras 15 posições. Vale ressaltar, também, que São Paulo é o estado com o maior PIB do Brasil. Esses dados expressam como o investimento em inovação – entre outros fatores – contribuem para o progresso no país.
Outro exemplo sólido de ecossistema de inovação que impacta diretamente no progresso regional e nacional é o Porto Digital, em Recife. O parque tecnológico foi construído em uma região que era de pouca importância para a economia local, revitalizando a área e gerando empregos. Atualmente, mais de 10 mil pessoas trabalham nas mais de 300 empresas de tecnologia instaladas no local.
Ambos os exemplos ressaltam o quão importante é para o país a criação de ecossistemas de inovação. Os resultados vão além da concepção de novas ferramentas e soluções tecnológicas.
Pensando nas oportunidades que resultam da implementação de indústria 4.0 neste contexto , a VDI-Brasil vai realizar o painel “Construindo cadeias digitais de valor no Brasil”, durante o 11º Dia da Engenharia Brasil-Alemanha, que acontece no dia 23 de outubro, em São Paulo. Confira a programação completa e garanta sua participação no site https://www.vdibrasil.com/eventos/dia-da-engenharia-2019/