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Agricultura Digital: quais as dificuldades para a implementação no agronegócio

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Em 2017, o agronegócio brasileiro teve um recordo de produtividade e finalizou o ano com um faturamento de R$ 96 bilhões de dólares em exportações. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do terceiro trimestre de 2017 do Produto Interno Bruto (PIB) que indicam um crescimento acumulado da agropecuária de 14,5% no ano. Hoje, somente 1/3 dos produtores rurais ainda se beneficiam da tecnologia, dos avanços e benefícios que a agricultura digital pode trazer.

A principal dificuldade para que o produtor rural avance é a falta de acesso à Internet. Mais do que isso, é preciso que a conectividade chegue a todos os pontos do campo, não apenas na sede da família.

Há algum tempo, o Ministério de Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vem trabalhando no projeto “Internet para Todos” com o intuito de melhorar esse cenário e levar banda larga a regiões e municípios sem acesso ou com acesso precário à Internet. O objetivo é que a conexão seja disponibilizada pelo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

O agronegócio brasileiro já representa um terço do PIB brasileiro, mas ainda tem um longo caminho para crescer e poder se beneficiar grandemente do uso de tecnologias, principalmente no quesito sustentabilidade, para que o produtor rural produza mais com menos.

Outro dado que nos alerta é que, até 2045, toda a área economicamente viável para plantio no planeta já estará utilizada, mas, ainda hoje, 30% de todos os alimentos produzidos no mundo já são perdidos por falta de eficiência na produção, transporte, logística e armazenamento.

É extremamente necessário o uso de tecnologias em toda a cadeia produtiva de alimentos para melhorar significativamente todo o processo. Big Data, Internet das Coisas e Computação em Nuvem já são alguns dos conceitos que estão sendo empregados na agricultura por meio do desenvolvimento de soluções que incluam máquinas conectadas à Internet, capazes de gerar dados em tempo real ou acumulados durante todo o processo para serem analisados posteriormente.

Fica clara a necessidade de avanços na infraestrutura ao redor do processo de captura de dados, pois, com pouca ou nenhuma cobertura de sinal de Internet, não é possível que as informações sejam transmitidas em tempo real.

Para se ter uma ideia, a Internet das Coisas no campo permite a coleta de dados precisos sobre clima, terreno, índice pluviométrico em diferentes épocas do ano e todo o necessário para estabelecer a quantidade de água necessária para irrigação. Também é possível relacionar a temperatura do motor com a inclinação de um terreno e fazer o levantamento da quantidade de combustível que está sendo usado naquela rampa, por exemplo.

Hoje, uma outra dificuldade na alta tecnologia do campo é encontrar mão de obra capacitada e treinada para saber interpretar os dados e executar as instruções de um especialista.

Esses problemas começam, aos poucos, serem superados pelo agronegócio, justamente pelo número de interessados em atuar com mais eficiência. Resta-nos torcer para que o MCTIC avance no projeto “Internet para Todos” e que o agronegócio, tão importante para o país, avance cada vez mais.

No dia 23 de outubro vai acontecer a 10ª edição do Dia da Engenharia Brasil-Alemanha e o painel de pilar ambiental “Smart Farming” vai demonstrar os avanços e hiatos existentes para a exploração de todo o potencial do agronegócio brasileiro, além de identificar potenciais de cooperação bilateral entre a engenharia no Brasil e na Alemanha. Confira: https://www.vdibrasil.com/eventos/dia-da-engenharia-2018/

 

 

 

 

 

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