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A Indústria 4.0 traz benefícios para as pequenas e médias empresas?

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Muito se estuda sobre o tema da digitalização e uso da ciência de dados na indústria. Muitas vezes, isso acontece visando a oportunidade de maximizar a competitividade, a partir da otimização operacional e propiciando o atingimento de resultados econômicos melhores e sustentáveis. 

A RethinkingWorks está envolvida em vários programas no Brasil e em muitos outros países avaliando os benefícios e metodologias para realizar a sua geração de valor nas pequenas e médias empresas. 

Nossa experiência aponta que os investimentos à medida correta podem gerar importantes benefícios em curto espaço de tempo e frequentemente permitem que sejam escalados nessas empresas. 

Neste instante, participamos com o WEF na Arábia Saudita em um Peer to Peer Sandbox para pequenas e médias empresas que estão desenhando e prototipando soluções para a Indústria 4.0. Simular e utilizar, por exemplo, gêmeos digitais para entender o impacto e como aplicar a tecnologia digital tem sido um dos focos de sucesso do programa. Deste e outros programas em curso, como, por exemplo, o Expert Training IND 4.0 organizado e ministrado com a VDI Brasil, podemos dizer que barreiras para o sucesso na implantação de projetos Indústria 4.0 em pequenas e médias empresas são falta de:

  • Recursos Financeiros;
  • Funcionários Qualificados;
  • Conhecimento Tecnológico;
  • Infraestrutura e soluções;
  • Apoio governamental.

Desafios e oportunidades

Com exceção da falta de conhecimento, todos estão mais relacionados a países em desenvolvimento. Falta de apoio governamental, preocupações com a privacidade, falta de integração da cadeia de valor, falta de líderes qualificados e altos custos de investimento foram mencionados basicamente em países em desenvolvimento. Em termos de classificação, os principais tipos de barreiras estudadas são as Barreiras Organizacionais (78%) e as Barreiras Técnicas (71%).

Focando nestas barreiras e olhando para as facilidades e competências do ecossistema brasileiro ao redor do tema Indústria 4.0, podemos dizer que:

  • Recursos Financeiros: existem amplas linhas de crédito no país para o tema, provido, por exemplo, pela FINEP – Finep Inovacred 4.0, que financia 100% do investimento.
  • Funcionários Qualificados: com certeza faltam no Brasil qualificações adicionais em todas as novas tecnologias IND 4.0 como, por exemplo, as técnicas IOT e algoritmos de optimização de processos e de gestão. Precisamos, no entanto, lembrar que a formação de profissionais está disponível em vários formatos. O SENAI com o programa Brasil + Produtivo, por exemplo, provê para as pequenas e médias empresas todo um apoio no desenho e implantação de projetos Indústria 4.0. As universidades e centros de pesquisa propõem programas de formação no tema. A VDI Brasil em conjunto com o IMT – Instituto Mauá de Tecnologia – propõe o IND 4.0 Expert Training com um processo “Project Based Learning”, apoiando diretamente o desenvolvimento da competência à ação ou projeto.
  • Conhecimento Tecnológico: nossas universidades, escolas de engenharia, bem como os centros de pesquisa têm experiência de várias décadas no assunto. Só como exemplos, o IMT ou o IPT e ainda a UFRJ possuem laboratórios especializados com soluções práticas de IND 4.0 para pequenas e médias empresas. Professores e consultores também disponibilizam o seu saber a partir de empresas de consultoria para a realização de POC – Provas de Conceito – e mesmo projetos de implementação da melhora da competitividade a partir da IND 4.0. Nestes casos, oferecem processos participativos e cocriados e em plataformas muito bem desenhadas a exemplo da RethinkingWorks que suportam a sustentabilidade do conhecimento e solução bem como a sua escalabilidade.
  • Infraestrutura e soluções: mais uma vez o Brasil tem aqui uma tradição de implementação e desenvolvimento de soluções IND 4.0. Atividades de automação de processos e equipamentos já são oferecidas não só embarcado em novos equipamentos, mas também o “retrofitting” não só possibilitando bons níveis de automação, mas também aquisição de dados críticos para o desenvolvimento da produtividade esperada com avanços da maturidade IND 4.0. No Brasil temos, ademais, excelentes soluções de baixo custo para a aquisição e monitoramento de processos. Alguns inclusive já com a ciência de dados e AI integrados para maximizar o apoio à tomada de decisão e até mesmo da forma autônoma, o que representa níveis avançados da maturidade e desempenho (ROI) da IND 4.0.
  • Apoio Governamental: o Brasil tem com o apoio do atual governo dados de incentivos à pesquisa e desenvolvimento no tema IND 4.0 a partir da ABDI e seus vários programas tais como incentivos fiscais e financiamentos. O apoio do governo tem sido também na divulgação e promoção das novas tecnologias e soluções disponíveis no Brasil e seus respectivos estudos de caso. Um bom exemplo é o IMT e seu Laboratório IND 4.0 em São Caetano do Sul, SP. No contexto dos pontos identificados acima, as pequenas e médias empresas brasileiras deveriam estar equipadas e com uma produtividade industrial comparável aos melhores níveis internacionais. Sabemos pelas estatísticas industriais brasileiras que este não é o caso do nosso país e que, pelo contrário, a produtividade industrial brasileira vem decrescendo nos últimos anos. O que nos falta? Quem sabe o ponto acima, as barreiras organizacionais! Vamos explorá-las um pouco mais. 

Indústria 4.0: Barreiras Organizacionais

São elas:

  • Falta de uma liderança empresarial com foco em produtividade e competitividade de curto e médio prazo.
  • Falta de mobilização de como executivo ao redor da competitividade a partir de novas tecnologias e conceitos.
  • Falta de uma análise das soluções existentes no mercado brasileiro. Muitas são de baixo investimento e já aportam parte significativa dos ganhos. Muitas destas soluções têm uma boa prova de conceito, além de excelentes referências.
  • Falta de uma clara análise de ROI e Payback que ajude a justificar como também ser uma guia para o acompanhamento do programa.
  • Definir e acompanhar um time de programa com credibilidade no tema que tenha alta competência em realizar com sucesso sua implementação utilizando uma boa governança e monitoramento de resultados.

Da Análise à Ação: Implementando a Indústria 4.0

Nos parece que as barreiras descritas acima são todas muito bem administráveis e, portanto, através de uma análise adequada identificando criteriosamente quais são as oportunidades de melhoria da competitividade com apoio dos conceitos e tecnologias da Indústria 4.0 e a partir daí iniciar a implantação! Para dar os primeiros passos, propomos iniciar com um diagnóstico ou SCAN Indústria 4.0 seguido de um workshop de discussão de oportunidades e de como estruturar um primeiro programa ou POC – Prova de Conceito.

Entre em contato com a VDI Brasil, ou diretamente com nossa equipe a fim de entender os primeiros passos que permitirão iniciar a implantação de seu projeto.

Autor: Mathias Mangels – Sócio Diretor RethinkingWorks – Empresa Internacional de Pesquisa e Consultoria na Área da Indústria 4.0 e Associada da VDI Brasil. 

Para contato: mmangels@rethinkingworks.com


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