No mês de janeiro deste ano (2020), o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de engenharia. O documento foi formulado pela Mobilização Empresarial pela Inovação, fórum vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge).
Confira o artigo que fizemos sobre o tema neste link.
Após a homologação do documento, o governo federal deu o prazo de três anos para que as Instituições de Ensino Superior (IES) já existentes se adequem às novas normas.
Para contribuir com a implementação das novas ações nos cursos de graduação, a Comissão Nacional de Implantação das Diretrizes Curriculares de Engenharia lançou um documento de apoio à implantação das DCNs do curso de graduação em engenharia.
A Comissão Nacional para Implantação das Diretrizes Curriculares de Engenharia, sob a coordenação do Conselho Nacional de Educação (CNE), reúne melhorias e contribuições da agenda, além de importantes atores na discussão: a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), universidades públicas e privadas e a CNI, representada pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo que reúne líderes das 300 maiores empresas brasileiras.
As novas DCNs foram criadas devido a necessidade de adequar a formação em engenharia às demandas da sociedade em nível global, em um contexto complexo e dinâmico, influenciado por tecnologias disruptivas e novos meios de produção, serviço e relacionamento. Com isso, os engenheiros serão capazes de elaborar e gerir projetos de inovação, prospectar novos empreendimentos e participar ativamente dos processos decisórios.
A publicação cita como algumas das principais mudanças das novas diretrizes a elevação da qualidade dos cursos, mudando a concepção da formação de um paradigma com foco em conteúdo de construção de competências, permitindo a flexibilidade dos cursos e estimulando a inovação acadêmica e pedagógica. Além disso, enfatiza a responsabilidade das IES de realizar a gestão da aprendizagem, buscando o aprimoramento contínuo dos cursos.
Com a reestruturação dos cursos de engenharia é esperado uma redução nos índices atuais de evasão, por meio do engajamento do estudante como agente ativo da aprendizagem, aproximando-o das práticas profissionais e desafiando-o com problemas abertos e reais da sociedade.
O documento orienta a implementação das novas DCN’s por meio de cinco partes, sendo elas: organização dos cursos, avaliação das atividades, corpo docente, interação entre instituições de ensino e ambiente de trabalho, e atribuição profissional. Em cada capítulo é ilustrado como as mudanças ocorrerão na prática tal como os pontos de atenção.
Para acessar o documento na íntegra clique neste link.
É evidente que a formação profissional dos jovens é um dos pilares para desenvolver novas tecnologias que solucionarão muitas questões importantes para a população mundial, por isso, o aperfeiçoamento dos cursos de engenharia é muito importante neste sentido.
Se você tem interesse em saber mais sobre esse tema, confira o artigo ‘Transformação Digital e a nova geração de engenheiros’ disponível em nosso site.