No dia 26 de agosto foi comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data tem como objetivo celebrar as conquistas das mulheres na luta por condições de igualdade entre gêneros e, também, agir no combate à desigualdade entre homens e mulheres.
Ainda hoje, paradigmas continuam sendo quebrados e, aos poucos, as mulheres vão conquistando seu espaço e se destacando em diversas áreas.
Um dos desafios foi o ingresso feminino no ensino superior. Com isso, muitos interesses e habilidades de gênero eram evidenciados por supostas tendências instintivas, o que contribuiu para que as profissões fossem classificadas como essencialmente masculinas ou femininas.
A Engenharia é um dos cursos que, por muitos anos, foi associada ao sexo masculino. De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), as mulheres representam menos de 14% dos profissionais registrados em todas as modalidades no sistema Confea/Crea.
Mesmo com todo o preconceito e barreiras que as mulheres enfrentam nessa área, há grande engenheiras que marcaram e marcam história no mundo, o que mostra que essa é uma profissão tanto para homens, quanto para mulheres. Hoje, vamos trazer alguns nomes:
– Enedina Alves Marques
Foi a primeira mulher negra a se formar em engenharia no Brasil e a primeira engenheira no sul do país. Depois de se formar, atuou em diversas empresas. Competente, chefiou outros técnicos e engenheiros. Gerenciou obras e, mais do que tudo, fez-se respeitada diante de um ambiente preconceituoso e, muitas vezes, machista. Hoje, tem seu nome no Livro do Mérito do Sistema Confea/Crea.
– Victória Rossetti
Foi a primeira mulher a se formar em Engenharia Agrônoma no Estado de São Paulo e a segunda no Brasil. Sua família é composta por 17 agrônomos. Trabalhou mais de 60 anos no Instituto Biológico e, durante este período, também atuou na FAO. Cientista e pesquisadora, descobriu uma importante bactéria da laranja – CVC. Em sua vida, publicou mais de 400 trabalhos científicos e recebeu 55 prêmios nacionais e 12 internacionais. Além disso, foi considerada pesquisadora emérita do Estado de São Paulo.
– Edith Clarke
Foi a primeira mulher a receber o diploma de Engenharia Elétrica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Foi a primeira professora de engenharia elétrica do país. Dentre os seus principais estudos e invenções, que fizeram uma grande diferença na história da engenharia elétrica, o destaque é Clarke Calculator, um disposto para resolver problemas de linha de transmissão de energia elétrica.
– Emily Warren Roebling
Foi uma das primeiras engenheiras de campo e uma das grandes colaboradoras do projeto de engenharia da Ponte do Brooklyn, em Nova York. Com grande conhecimento em matemática e engenharia, como resistência dos materiais e construção de cabo, sucedeu o marido e sogro, que adoeceram, como engenheira chefe durante a construção da ponte. Primeira mulher a ser líder, alguns ainda se referem a ela como um exemplo de pioneirismo e independência. Mais do que desempenhar um papel fundamental na construção da ligação entre Manhattan e Brooklyn, ela abriu caminhos para outras mulheres no caminho para a igualdade.
– Hedy Lamarr
Além de famosa e glamourosa atriz de Hollywood, era muito inteligente e inventou um sistema de comunicações de controle remoto para os militares dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. A Teoria de Lamarr serviu como base para a moderna tecnologia de comunicação que temos atualmente, como Bluetooth e Wi-Fi.
– Marta J. Coston
Quando ficou viúva aos 21 anos, com quatro filhos para criar, encontrou um esboço para chamas de pirotecnia no diário de seu marido, um ex-cientista naval. Ela decidiu desenvolver a ideia que iria possibilitar que os navios se comunicassem à noite. O sistema foi vendido para a Marinha dos EUA e, por ajudar a salvar muitas vidas e ganhar muitas batalhas, levou os governos da França, Itália, Dinamarca, Holanda e Haiti a utilizá-lo também.
– Stephanie Kwolek
Foi a responsável por inventar o Kevlar, uma fibra ultraforte e extremamente leve. Esse polímero líquido cristalino é cinco vezes mais forte que o aço, extremamente leve e muito usado em coletes à prova de bala, roupas esportivas e em pneus, para que resistam às perfurações. Foi premiada com a a National Medal of Technology por suas realizações como cientista de pesquisa e foi nomeada para o National Women’s Hall of Fame. Além disso, recebem a Medalha Perkin da American Chemical Society.
– Alba Colon
A porto-riquenha é formada em engenharia mecânica e foi contratada pela General Motors assim que acabou de se formar. Hoje, é engenheira chefe da Chevy Racing, a equipe da GM na NASCAR. Ela e sua equipe cuidam do design, das peças e de outras modificações que contribuam para que os carros fiquem mais velozes. Alba quebrou todo o preconceito de que mulheres não entendem sobre carro.
– Aprille Ericsson
A engenheira foi a primeira mulher negra a receber Ph.D da Nasa Goddard Space Flight Center. Como engenheira aeroespacial da NASA, coordena o projeto Atlas Instrument, um satélite com instrumento a laser que monitora as calotas de gelo polar da Terra e suas mudanças com o aquecimento global.
– Gwynne Shotwell
Foi uma das únicas três mulheres de sua turma e se especializar em Engenharia Mecânica. Começou sua carreira profissional nos setores automotivos e aeroespacial. Desde 2002, comanda a SpaceX, que tem contrato de US$ 2,6 bilhões com a NASA e, segundo a Forbes, a 76ª mulher mais poderosa do mundo.
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