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Da série hidrogênio, vem aí: os tipos vermelho, rosa, roxo, dourado e biohidrogênio

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 Como vimos nos artigos anteriores, o hidrogênio é uma peça chave na transição para um futuro energético mais sustentável. Já exploramos o hidrogênio verde e amarelo, que têm suas raízes em fontes de energia renováveis. Agora, vamos mergulhar em outras variações fascinantes: os tipos vermelho, rosa, roxo, dourado e biohidrogênio.

Hidrogênio rosa: produção com energia nuclear

O hidrogênio rosa, também conhecido como vermelho ou roxo, é produzido através da eletrólise da água usando eletricidade gerada por reatores nucleares. Esta abordagem oferece uma alternativa viável e sustentável, já que a eletricidade nuclear é uma fonte de energia com baixas emissões de carbono.

Como funciona

A eletrólise separa a água em hidrogênio e oxigênio, e quando alimentada por energia nuclear, resulta em hidrogênio rosa. Além de ser uma opção de baixo carbono, este método aproveita a energia constante e abundante dos reatores nucleares.

Desafios e benefícios

Apesar da eficiência relativamente baixa (cerca de 25%) e do alto custo, o hidrogênio rosa pode ser uma solução sustentável, desde que a gestão de resíduos nucleares seja feita corretamente.

Para saber mais sobre como a eletrólise funciona, confira nosso artigo detalhado sobre hidrogênio verde.

Micróbios produtores de hidrogênio

A Mitsubishi classifica o hidrogênio dourado como aquele sintetizado por micro-organismos em poços de petróleo já esvaziados. Este método inovador utiliza micro-organismos para gerar hidrogênio a partir de resíduos orgânicos ou inorgânicos presentes nos poços.

Como funciona

Micro-organismos trabalham na decomposição de materiais residuais, produzindo hidrogênio como subproduto. Esta técnica pode transformar antigos poços de petróleo em fontes de energia renovável.

Benefícios ambientais

Esta abordagem não apenas gera hidrogênio, mas também ajuda a gerenciar resíduos de forma sustentável.

Biohidrogênio: a energia do futuro em experimentos

O hidrogênio gasoso (H₂) apresenta um elevado poder calorífico, capaz de gerar uma grande quantidade de energia por unidade de massa. Além disso, é um combustível “limpo” e pouco poluente, pois sua combustão gera apenas água como resíduo. 

Embora os átomos de hidrogênio sejam abundantes em muitas substâncias, especialmente as orgânicas, o hidrogênio molecular (H₂) é raramente encontrado na natureza e precisa ser produzido.

Métodos tradicionais de produção de hidrogênio, como a gaseificação do carvão ou a reforma do metano, são dependentes de combustíveis fósseis e produzem gases associados às mudanças climáticas, como o dióxido de carbono (CO₂). 

A eletrólise da água é uma alternativa menos poluente, mas ainda consome uma grande quantidade de energia, que pode vir de fontes não renováveis.

O biohidrogênio é produzido a partir de reações bioquímicas realizadas por micro-organismos, sendo considerado mais “limpo” que o hidrogênio produzido por métodos químicos tradicionais, pois gera menos poluentes e consome menos energia.

Biofotólise

Micro-organismos fotossintéticos utilizam a luz solar para dividir a água em hidrogênio e oxigênio, similar à fotodissociação.

Células de eletrólise microbiana

Semelhante à eletrólise PEM, mas auxiliada por micro-organismos que facilitam a decomposição de compostos orgânicos para produzir hidrogênio.

Fermentação

Assim como na produção de bebidas alcoólicas, certos micro-organismos podem fermentar materiais orgânicos para produzir hidrogênio como subproduto.

Ficou curioso sobre as outras formas de produção de hidrogênio? Não deixe de conferir nosso artigo sobre hidrogênio cinza e azul.

Não existe um hidrogênio “melhor”

Nesta série de artigos, exploramos diversas formas de produção de hidrogênio: verde, amarelo, cinza, azul, rosa, dourado e biohidrogênio

Cada tipo tem suas próprias vantagens e desafios, e não existe uma solução “melhor” universalmente. O tipo mais adequado de hidrogênio depende do contexto específico, incluindo disponibilidade de recursos, infraestrutura existente e objetivos ambientais.

Mas calma que ainda tem mais! 

Este é o penúltimo artigo da nossa série sobre hidrogênio. No próximo e, portanto, o último, traremos as diferenças gerais entre cada um deles para recapitular tudo o que vimos até aqui.

Nos vemos em breve.

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