O governo federal anunciou em janeiro, durante uma reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, R$300 bilhões em financiamentos destinados à nova política industrial até 2026.
O plano, batizado de Nova Indústria Brasil (NIB), tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Além disso, ele visa a apoiar setores estratégicos da indústria brasileira, promovendo investimentos em inovação, infraestrutura, capacitação de mão de obra e aumento da competitividade.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) serão responsáveis por gerir os valores disponibilizados.
De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, os R$ 300 bilhões serão disponibilizados em linhas de crédito específicas, sendo que R$ 271 bilhões serão na modalidade reembolsável e R$ 21 bilhões de forma não-reembolsável, ou seja, os tomadores de recursos não precisarão ressarcir os financiadores, além de R$ 8 bilhões em recursos por meio de mercado de capitais.
Dentro da proposta detalhada, é possível verificar seis missões com o objetivo de fortalecer a indústria nacional até 2033. Elas abordam as cadeias agroindustriais, a indústria da saúde, de infraestrutura, transformação digital, transição energética e soberania nacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre as expectativas com a nova política. “Temos mais três anos pela frente, e o objetivo aqui, me parece, que é para a gente chegar no final dos três anos e ter uma coisa concreta para sociedade falar. Nosso problema era dinheiro. Se dinheiro não é problema, então temos que resolver as coisas com muito mais facilidade”, destaca Lula.
Espera-se que essa nova política estimule o crescimento econômico, a geração de empregos e o aumento da produtividade. Além disso, o investimento em setores estratégicos da indústria pode impulsionar a modernização do parque industrial brasileiro, tornando-o mais eficiente e competitivo internacionalmente.
Engenharia pode ter impacto significativo com novo plano
Devido ao aumento do financiamento disponível, a expectativa é que haja mais incentivo para projetos de infraestrutura, construção civil, tecnologia e inovação. Dessa forma, haverá, também, mais demanda por profissionais qualificados em engenharia, além de oportunidades para que empresas do setor participem de projetos de grande escala.
O foco em TI também pode impulsionar o desenvolvimento de novas soluções e produtos em áreas inovadoras, como energia renovável, transporte sustentável, automação industrial e digitalização, o que pode estimular novas oportunidades de negócios e colaborações entre empresas de engenharia e outros setores.
Não resta dúvidas de que a nova política industrial, com esse grande investimento, pode transformar o cenário econômico e industrial do Brasil e trazer inúmeras oportunidades e desafios para profissionais e empresas de engenharia. O sucesso vai depender da utilização eficiente dos recursos e do desenvolvimento sustentável do país.